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Quando a saúde pede ajuda

No auge da obesidade, Tatiane Moser decidiu não  fazer cirurgia e sim mudar completamente seu estilo de vida.

Eufórica, contagiante, alegre e com um ritmo inquietante. Tatiani Moser, 33, é uma mulher espontânea e cheia de disposição. Essaweb2 personalidade nunca mudou a não ser pelo fato da disposição não ter sido sempre a mesma. Houve um tempo em que vivia sonolenta e muito cansada. Nessa época pesava 103 quilos.  “Aquela não era eu. Não estava satisfeita. Tive vários problemas de saúde que a obesidade traz como fibromialgia e pressão alta.”

Quando a saúde já não estava bem, foi em busca de novos resultados. Conseguiu aprovação do plano de saúde para fazer a cirurgia bariátrica e fez todos os exames necessários, quando um mês antes da cirurgia, mudou de ideia. “Faltava um mês para a cirurgia,” relembra com olhar estreito e mordendo os lábios. “já tinha passado por tudo até aprovação do plano de saúde, mas era muito nova para jogar a toalha. Nunca deixei a peteca cair. Não vou ficar assim. Tinha outra forma de conquistar melhores resultados. Foi uma mudança de vida.”

web1Os treinos começaram há um ano e três meses, mas antes de iniciar as atividades físicas a mente já sofria mudanças. “Eu buscava os melhores resultados, a forma correta eu já sabia qual era. Fiz reeducação alimentar, fui à nutricionista e comecei a fazer atividade física. Eu nunca acreditei que seria possível emagrecer sem remédio. Eu provei o contrário.” Começar foi muito difícil nessa época, sentia muita dor, mas fazia chuva ou fazia sol ela estava lá na Academia Viva Vida treinando. “Ninguém mais te segura, diziam os instrutores”, conta ela entre risos.

A família toda precisou se adaptar a nova rotina. As filhas Isadora Mariah ,5, e Heloyse Ariani, 12,WEB foram as que mais sentiram. “A alimentação lá em casa era: vamos arregaçar, vamos comer bem, bastante e sem pudor. Era misto quente e refrigerante no café da manhã, consumíamos 2 litros de refrigerante por dia lá em casa.

‘’Minha filha de cinco anos disse outro dia” lembra sem conter as lágrimas “Não esquece que está acabando as frutinhas mamãe. Ou fala: Tá faltando alguma coisa na mesa, então eu me lembro que  não preparei salada. Tenho muito orgulho,’’ conta entre lágrimas.

O ritmo também mudou.  “Eu trabalho, estudo, faço academia e cuido de mim. Sempre foi uma vontade minha me reencontrar.” A família também passou a acompanhar essa disposição. Antes os programas em família se resumiam na criatividade na hora de comer, hoje é pensar onde será o novo passeio.  “Minhas filhas são meu tudo, tenho uma relação aberta com elas. Outro a mais velha disse: agora tenho tanto orgulho quando você me busca a escola. Não era vergonha eu só queria que você fosse como você é hoje.”

A lição foi para todos da família. “Aprendi a pensar não só em resultados, não ter ansiedade e ter paciência. Passei cerca de cinco anos metendo o pé na jaca, agora como do bom e do melhor com moderação, um terço do que eu comia já me sacia.” Com um largo sorriso hoje ela exibe um corpo bem distribuído em 75 quilos.

 

tatiani

Difícil é encontrar uma foto em que Tatiani estivesse com 103 quilos. Ela não costumava tirar muitas fotografias. Essa imagem acima, por exemplo, foi tirada quando ela já havia perdido um pouco de medidas.

29 de maio de 2014 | destaque do mês | 0

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